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sábado, 29 de agosto de 2009

Heloísa Helena fala aos militantes no II Congresso Nacional do PSol








Heloísa Helena fala aos militantes no II Congresso Nacional do PSol

Política
Fundação Lauro Campos
Dom, 23 de agosto de 2009 13:32

Heloísa Helena chama à unidade do PSol e à construção de um programa para 2010

O 2º Congresso Nacional do PSOL foi aberto oficialmente no início da tarde da sexta-feira, 21, na quadra dos Bancários, em São Paulo, com 372 delegados eleitos.

O início do evento, que se estendeu até o domingo, 23, foi marcado por homenagens a militantes que faleceram recentemente, a solidariedade ao povo de Honduras que sofreu um golpe militar e pelo discurso da presidenta nacional do partido, Heloísa Helena, que relembrou os tempos e razões da fundação do PSol, afirmando que, quando um partido ousa mudar de lado e patrocinar uma traição de classe, as bandeiras da classe trabalhadora não são enterradas.

"A nenhum partido é dado o direito de se considerar dono das bandeiras históricas e das lutas da classe trabalhadora. Neste momento, outros militantes pegam as bandeiras caídas, sacodem a poeira e as levantam de novo. O PSol nasceu, portanto, por uma necessidade histórica", disse.

Passados cinco anos, a conjuntura segue desafiadora. Na avaliação de Heloísa, o debate sobre a crise não teve tanto impacto na população porque a maior parte do povo brasileiro já vive há muito tempo nessas condições. Ela lembrou a luta das mulheres por condições básicas de saúde, dos sem-teto por moradia, da juventude vítima da violência, da população pobre que vive nas periferias e é aliciada constantemente pelo crime organizado.

Atacou o personalismo, afirmando que não se deve atribuir a ninguém o único elemento depositário das esperanças conjunturais de um processo eleitoral ou das lutas do povo brasileiro. E questionou: "o que estamos fazendo enquanto estrutura partidária para estarmos à altura desta honra emocionante e preciosa que, quando sai uma pesquisa eleitoral, a generosidade do povo brasileiro, sem a mídia, sem uma militância unida, apresenta uma mulher do povo, uma sertaneja, considerada uma louca e uma histérica porque não se acovarda diante da elite política e econômica, com este resultado nas pesquisas?".

Entrando direto no tema das eleições presidenciais de 2010, Heloísa defendeu que as escolhas dos nomes do partido para um processo eleitoral, qualquer que seja, devem se dar em torno de um programa claro. "Vamos estruturar o programa do partido para disputar o imaginário popular e depois ver quem é a melhor militante ou o melhor militante para representar o PSol no processo eleitoral de 2010", declarou.

Heloísa reafirmou a importância da disputa para o Senado em Alagoas, onde a luta de classes é pesada e as engrenagens do poder político, midiático e econômico precisam ser enfrentadas. E rechaçou a idéia de que é preciso convencê-la da tarefa de disputar a Presidência da República.

"Aqui está uma sertaneja que não abre mão da luta, que não corre do pau. Sei das responsabilidades que tenho. Meu nome estará sempre à disposição do meu querido Partido Socialismo e Liberdade. Pra mim foi uma honra representar o PSol na primeira eleição presidencial e será também uma honra representar na segunda. Mas é muito importante que a gente deixe claro qual é o nível de unidade dentro do partido em relação ao processo eleitoral de 2010 e qual o programa que vamos apresentar o povo brasileiro", concluiu.

O II Congresso Nacional do PSol encerrou-se com a reeleição de Heloísa Helena como presidente nacional do partido e a renovação do colegiado dirigente.

Marcelo Freixo
Marcelo Freixo

Apoio ao Freixo: Uma unidade entusiasmada

Eduardo Alves

Independentemente das várias avaliações que podem surgir do II Congresso do PSol, é justo afirmar que houve um momento de unidade plena e entusiasmada. Quando Milton Temer subiu ao tablado profano das apresentações de idéias e tomou o centro do palco para apresentar uma moção de apoio à luta do Freixo e de seu mandato no Rio de Janeiro, os delegados e as delegadas aplaudiram: de pé e euforicamente. Tratava-se ali de um reconhecimento manifesto que, mesmo ausente no programa de TV do PSol, confirmou-se, no coração, na alma e nas mentes de centenas de dirigentes presentes naquela quadra paulista, que o que fazemos no Rio recebe, de todos e todas, um sentimento de pertencimento.

No centro da resolução, três elementos se destacavam: 1 - Marcelo Freixo, Vinícius George (um dos assessores do mandato) e todos aqueles que apareceram na frente da luta contra as milícias merecem a solidariedade e o apoio incondicional do PSol; 2 - o PSol será parte ativa na luta para denunciar as barbáries do crime organizado e na construção do movimento por direitos humanos; 3 - o PSol implementará uma campanha nacional em defesa de todos os ameaçados pelas milícias, cobrando das autoridades iniciativas sérias de proteção, e encaminhará as indicações do relatório final da CPI que investigou as milícias no Rio de Janeiro. Pois bem, a síntese entre solidariedade e compromisso se fez carne na resolução que unificou toda a diversidade de sons, vozes e idéias que balançaram os alicerces da casa que nos acolhia.

Essa iniciativa tomada por toda a bancada do Rio de Janeiro, para além de tendências ou idéias, demonstrou a adesão positiva do conjunto do partido às lutas do mandato. Nessa fileira seguimos com uma unidade inquestionável e isso foi confirmado para além das fronteiras do Rio de Janeiro. É com entusiasmo que podemos saudar uma atuação parlamentar nova, mas madura, criativa, responsável e socialista. O compromisso do mandato com os trabalhadores, com destaque para os setores mais pobres e marginalizados, tem servido de oxigênio para o PSol, vários movimentos sociais e (temos certeza) para o próprio Freixo.

Sabemos assim que a influência mútua é uma síntese que só pode ter como determinação a colaboração entre companheiros na estratégia socialista por liberdade. Foi realmente uma cena animadora ver que a ação de compromisso político de Freixo e sua equipe é inspiração para o conjunto do partido. A bancada do Rio se orgulha e os militantes do PSOL se fortalecem de convicção. Isso é produto do compromisso com a transformação radical da sociedade que tem o mandato. Principalmente, como nos ensinou Che, é a cumplicidade revolucionária que nos permite "sentir profundamente qualquer injustiça praticada contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo".

MOÇÃO DE APOIO E SOLIDARIEDADE

"Nada deve parecer natural,
nada deve parecer impossível de mudar."
Bertolt Brecht

Nós, militantes do PSol, presentes ao II Congresso Nacional do Partido Socialismo e Liberdade, expressamos nosso total e irrestrito apoio e solidariedade aos companheiros Marcelo Freixo, Deputado Estadual pelo PSol do Estado do Rio de Janeiro, e seu assessor, o Delegado Vinícius George.

Marcelo e Vinícius vêm, há anos, dedicando-se à causa dos Direitos Humanos para todos. E ao combate permanente às ações do crime organizado, em suas mais diversas modalidades, como no tráfico armado de entorpecentes ou nas atividades de milicianos, muitas vezes "agindo em nome do Poder Público".

Desde o mês de junho de 2008, quando da instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, presidida por Freixo, para investigar a expansão das milícias no Estado, os companheiros estão ameaçados de morte.

Deste modo, o PSol se alia às diversas manifestações feitas pelos órgãos nacionais e internacionais de defesa dos Direitos Humanos, exigindo de nossas autoridades imediatas providências.

O PSol implementará campanha nacional em defesa de Marcelo Freixo e de todos os ameaçados pelas milícias. Isto significa cobrar, com todas as nossas forças, proteção eficaz, investigações independentes, julgamento de todos os envolvidos e agilização da tramitação dos projetos que tipificam os crimes de milícia no Congresso Nacional.

Plenário do II Congresso Nacional do PSol
São Paulo, agosto de 2009

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