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sábado, 20 de fevereiro de 2010

Em 20 dias, casos de dengue na Baixada Santista saltam de 33 para 557

19/02/2010 - 20h04

Em 20 dias, casos de dengue na Baixada Santista saltam de 33 para 557

Do UOL Notícias
Em São Paulo

O número de casos confirmados de pacientes infectados pelo vírus da dengue neste ano nos municípios da Baixada Santista subiu de 33, no final de janeiro, para 557 no dia 18 de fevereiro, segundo dados da
Secretaria Estadual de Saúde e das prefeituras dos municípios. Em menos
de 20 dias, a quantidade de casos cresceu cerca de 17 vezes.


Até o dia 18, foram confirmadas três mortes na região: duas no Guarujá e uma em Santos, de um garoto de oito anos por dengue hemorrágica, versão mais rara e perigosa da doença. A Vigilância
Epidemiológica do Guarujá não confirmou se os dois óbitos ocorridos na
cidade foram causados pela dengue comum ou pela hemorrágica.

Com cerca de 305 mil habitantes, o Guarujá é o município mais afetado dentre os nove que compõem a baixada (Santos, São Vicente, Guarujá, Bertioga, Cubatão, Praia Grande, Mongaguá, Itanhaém e
Peruíbe). Até o dia 18, foram confirmados 292 casos de dengue no
município, contra 18 confirmações até o final de janeiro. Além dos
casos confirmados, há 588 casos suspeitos, aguardando análise do
Instituto Adolpho Lutz.

A situação é grave também em São Vicente, onde 134 casos foram confirmados e outros 375 estão sob análise. Em janeiro, foram registrados apenas cinco casos de dengue no município. Em Santos,
cidade mais populosa da baixada, com 420 mil habitantes, foram
confirmados 94 casos, contra cinco até o fim de janeiro. Outros 203
casos estão sob análise.

Em Cubatão há 12 casos confirmados e 38 sob investigação. Já na Praia Grande, o número de casos confirmados é relativamente baixo (4), embora a quantidade de casos suspeitos sejam alta (120). Bertioga, onde
não havia nenhum infectado por dengue até o fim de janeiro, já foram
confirmados 11 casos, além de 25 sob investigações.

Juntos, os municípios de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe possuem 10 registros de dengue. Até o final de janeiro não havia qualquer caso de dengue nestes municípios.

Apesar do surto de dengue na Baixada Santista, em nenhum município
há epidemia da doença. De acordo com os parâmetros do Ministério da
Saúde, para ser ocorrer uma epidemia, é necessário o registro de 300
casos para um grupo de 100 mil habitantes.


http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2010/02/19/em-20-dias-casos-de...

Primatas ameaçados de extinção - vejam imagens e saibam quais são. parte 3



Primatas ameaçados de extinção - vejam imagens e saibam quais são. parte 2



Primatas ameaçados de extinção - vejam imagens e saibam quais são. parte 1





Justiça Eleitoral cassa mandato de Kassab

Sábado, 20 de fevereiro de 2010, 21:19 | Online

Justiça Eleitoral cassa mandato de Kassab

Condenação por captação ilícita na campanha inclui a vice. Ambos seguem no cargo enquanto recorrem

Roberto Fonseca, Fabio Leite e Eduardo Reina - Jornal da Tarde


SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e a vice, Alda Marco Antonio (PMDB), tiveram o mandato cassado pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende Silveira, por recebimento de
doações consideradas ilegais na campanha de 2008. A decisão, em
primeira instância, torna Kassab o primeiro prefeito da capital cassado
no exercício do mandato desde a redemocratização, em 1985. Como o
recurso tem efeito suspensivo imediato, os dois podem recorrer da
sentença sem ter de deixar os cargos.

Entre as doadoras consideradas ilegais estão a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) e empreiteiras acionistas de concessionárias de serviços públicos, como Camargo Corrêa e OAS. Ao
todo, a coligação de Kassab e Alda gastou R$ 29,76 milhões na campanha,
dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pela Justiça. A
sentença será publicada no Diário Oficial de terça-feira, quando passa
a contar o prazo de três dias para o recurso no Tribunal Regional
Eleitoral (TRE).

Silveira disse neste sábado, 20, ao Jornal da Tarde que já julgou os processos de Kassab, nove vereadores e dos candidatos derrotados na eleição à Prefeitura em 2008, Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin
(PSDB), todos alvos de representação do Ministério Público Eleitoral
(MPE), mas que não poderia informar quais dos réus foram cassados antes
da publicação, na terça. Falta julgar o presidente da Câmara Municipal,
Antonio Carlos Rodrigues (PR), e duas empresas acusadas de repasse
ilegal.

O juiz afirmou, contudo, que manteve nas suas decisões o mesmo entendimento que levou à cassação de 16 vereadores no fim do ano passado. No caso, todos os políticos que receberam acima de 20% do
total arrecadado pela campanha de fonte considerada vedada foram
cassados. "Se passou de 20%, independentemente do nome, tenho aplicado
a pena por coerência e usado esse piso como caracterizador do abuso de
poder econômico na eleição, um círculo vicioso que dita a campanha e
altera a vontade do eleitor", afirmou Silveira.

Além de cassar o diploma do prefeito e da vice, a sentença os torna inelegíveis por três anos. Dos 13 vereadores que aguardavam a decisão da Justiça Eleitoral, dez ultrapassavam o limite em doações
consideradas ilegais. São eles: o líder do governo, José Police Neto
(PSDB), Marco Aurélio Cunha (DEM), Gilberto Natalini (PSDB) e Edir
Sales (DEM), da base governista, e os petistas Antonio Donato, Arselino
Tatto, Ítalo Cardoso, José Américo e Juliana Cardoso, além de Rodrigues
(PR).

Fonte vedada

Nas decisões, Silveira considerou como fonte vedada de doação eleitoral empreiteiras que integram concessionárias de serviços públicos e a AIB. A entidade é acusada pelo Ministério Público Estadual
(MPE) de servir de fachada do Sindicato da Habitação (Secovi). Por lei,
sindicatos não podem fazer doações a candidatos, comitês e partidos. Só
da AIB a campanha de Kassab recebeu R$ 2,7 milhões. A entidade e o
Secovi negam haver irregularidades.

"Um acionista, mesmo que minoritário, que tem faturamento de R$ 500 milhões, faz estrago numa campanha porque ele tira renda da concessionária. Embora seja um voto vencido, por conta da decisão do
ministro Velloso, me convenceu", afirmou Silveira, citando decisão do
ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Velloso favorável
a essas doações nas eleições de 2006.

O inciso 3º do artigo 24 da Lei das Eleições (Lei 9.504/97) proíbe "concessionário ou permissionário" de fazer doações de qualquer espécie a candidatos ou partidos políticos. E embora a última manifestação do
TSE, em 2006, tenha considerado legais doações de empresas com
participação em concessionárias, votos proferidos no passado pelos
ministros Cezar Peluso, Carlos Ayres Brito e Ellen Gracie repudiaram a
prática.

‘Perplexidade’


Procurado pela reportagem, o advogado de Kassab, Ricardo Penteado, afirmou que a defesa do prefeito vai entrar com recurso no TRE que, diz ele, "deve resultar na reforma da sentença e na confirmação da vontade
popular."

Penteado afirmou ainda que "as contribuições foram feitas seguindo estritamente os mandamentos da lei e já foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral."

"Causa perplexidade e insegurança jurídica que assuntos e temas já decididos há tantos anos pela Justiça sejam reabertos e reinterpretados sem nenhuma base legal e contrariando jurisprudência do TRE e do TSE",
completou.

Colaborou Rodrigo Burgarelli



Dentre os vereadores que sofreram a mesma punição por doações ilegais se encontra Marco Aurélio Cunha(DEM), presidente do São Paulo Futebol Clube.

Justiça Eleitoral cassa mandato de Kassab

Condenação por captação ilícita na campanha inclui a vice. Ambos seguem no cargo enquanto recorrem

Roberto Fonseca, Fabio Leite e Eduardo Reina - Jornal da Tarde


SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e a vice, Alda Marco Antonio (PMDB), tiveram o mandato cassado pelo juiz da 1ª Zona Eleitoral, Aloísio Sérgio Resende
Silveira, por recebimento de doações consideradas ilegais na campanha
de 2008. A decisão, em primeira instância, torna Kassab o primeiro
prefeito da capital cassado no exercício do mandato desde a
redemocratizaçã o, em 1985. Como o recurso tem efeito suspensivo
imediato, os dois podem recorrer da sentença sem ter de deixar os
cargos.

Entre as doadoras consideradas ilegais estão a Associação Imobiliária Brasileira (AIB) e empreiteiras acionistas de concessionárias de serviços públicos, como Camargo Corrêa e OAS. Ao
todo, a coligação de Kassab e Alda gastou R$ 29,76 milhões na campanha,
dos quais R$ 10 milhões são considerados irregulares pela Justiça. A
sentença será publicada no Diário Oficial de terça-feira, quando passa
a contar o prazo de três dias para o recurso no Tribunal Regional
Eleitoral (TRE).


Silveira disse ontem ao Jornal da Tarde que já julgou os processos de Kassab, nove vereadores e dos candidatos derrotados na eleição à Prefeitura em 2008, Marta Suplicy (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB), todos
alvos de representação do Ministério Público Eleitoral (MPE), mas que
não poderia informar quais dos réus foram cassados antes da publicação,
na terça. Falta julgar o presidente da Câmara Municipal, Antonio Carlos
Rodrigues (PR), e duas empresas acusadas de repasse ilegal.


O juiz afirmou, contudo, que manteve nas suas decisões o mesmo entendimento que levou à cassação de 16 vereadores no fim do ano passado. No caso, todos os políticos que receberam acima de 20% do
total arrecadado pela campanha de fonte considerada vedada foram
cassados. "Se passou de 20%, independentemente do nome, tenho aplicado
a pena por coerência e usado esse piso como caracterizador do abuso de
poder econômico na eleição, um círculo vicioso que dita a campanha e
altera a vontade do eleitor", afirmou Silveira.


Além de cassar o diploma do prefeito e da vice, a sentença os torna inelegíveis por três anos. Dos 13 vereadores que aguardavam a decisão da Justiça Eleitoral, dez ultrapassavam o limite em doações
consideradas ilegais. São eles: o líder do governo, José Police Neto
(PSDB), Marco Aurélio Cunha (DEM), Gilberto Natalini (PSDB) e Edir
Sales (DEM), da base governista, e os petistas Antonio Donato, Arselino
Tatto, Ítalo Cardoso, José Américo e Juliana Cardoso, além de Rodrigues
(PR).


Fonte vedada

Nas decisões, Silveira considerou como fonte vedada de doação eleitoral empreiteiras que integram concessionárias de serviços públicos e a AIB. A entidade é acusada pelo Ministério Público Estadual
(MPE) de servir de fachada do Sindicato da Habitação (Secovi). Por lei,
sindicatos não podem fazer doações a candidatos, comitês e partidos. Só
da AIB a campanha de Kassab recebeu R$ 2,7 milhões. A entidade e o
Secovi negam haver irregularidades.


"Um acionista, mesmo que minoritário, que tem faturamento de R$ 500 milhões, faz estrago numa campanha porque ele tira renda da concessionária. Embora seja um voto vencido, por conta da decisão do
ministro Velloso, me convenceu", afirmou Silveira, citando decisão do
ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Carlos Velloso favorável
a essas doações nas eleições de 2006.


O inciso 3º do artigo 24 da Lei das Eleições (Lei 9.504/97) proíbe "concessionário ou permissionário" de fazer doações de qualquer espécie a candidatos ou partidos políticos. E embora a última manifestação do
TSE, em 2006, tenha considerado legais doações de empresas com
participação em concessionárias, votos proferidos no passado pelos
ministros Cezar Peluso, Carlos Ayres Brito e Ellen Gracie repudiaram a
prática.


Sem conhecimento

Procurada pela reportagem, a assessoria de Kassab afirmou que o advogado do prefeito, Ricardo Penteado, ainda não tinha tomado conhecimento da sentença de cassação e tampouco havia confirmação a
respeito. E que, por isso, nenhum dos dois se pronunciaria a respeito
do caso. Alguns vereadores procurados para confirmar se haviam sido
notificados de alguma decisão judicial também não quiseram dar
entrevista.


Apenas o democrata Marco Aurélio Cunha comentou a decisão. "Qualquer que seja a decisão, vai ter uma defesa adequada. É um absurdo jurídico. Fui o vereador que menos gastou e com todas as contas publicadas",
disse.


PSOL apresenta projeto por novas condutas de decoro parlamentar

PSOL apresenta projeto por novas

condutas de decoro parlamentar



De acordo com a proposta, será vedado aos parlamentares contratar empresas que foram doadoras em suas campanhas eleitorais, tanto na campanha na
qual foi eleito quanto nas ocorridas durante o exercício do mandato. A
intenção é evitar condutas que atentem contra a moralidade na
administração pública, como possíveis doações durante a campanha
condicionadas a contratações posteriores a base do dinheiro público.


O projeto também propõe a apresentação obrigatória, no ato da posse dos parlamentares, da lista de empresas doadoras de campanha fornecida
à Justiça Eleitoral.



Projeto de Resolução nº 217 , de 2009.

Altera a Resolução nº 25, de 2001, que instituiu o Código de Ética e
Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, para incluir dentre as
condutas que atentam contra o decoro parlamentar, a contratação de
empresas doadoras na campanha eleitoral pelo parlamentar beneficiado e
acrescentar obrigação de o parlamentar apresentar lista de doadores de
campanha.


Art. 1º O art. 5º da Resolução nº 25, de 2001 passa a vigorar com o seguinte inciso:


“Art. 5º Atentam, ainda, contra o decoro parlamentar as seguintes condutas, puníveis na forma deste Código:


X – contratar, com recursos oriundos da verba de gabinete, empresa que tenha sido doadora na campanha eleitoral que elegeu o parlamentar
contratante, bem como em campanha eleitoral ocorrida durante o
mandato.” (NR)


Art. 2º O art. 13 da Resolução nº 25, de 2001 passa a vigorar com a seguinte redação:


“Art. 13. A suspensão de prerrogativas regimentais será aplicada pelo Plenário da Câmara dos Deputados, por proposta do Conselho de
Ética e Decoro Parlamentar, ao Deputado que incidir nas vedações dos
incisos VI a VIII e X, do art. 5º, observado o seguinte:” (NR)


Art. 3º O art. 18 da Resolução nº 25, de 2001 passa a vigorar com o seguinte inciso:


“Art. 18 O Deputado apresentará à Mesa ou, no caso do inciso III deste artigo, quando couber, à Comissão, as seguintes declarações:



IV – ao assumir o mandato, para efeito de posse, lista de empresas doadoras da campanha fornecida à Justiça Eleitoral e, no caso de
disputa de eleição durante o mandato, num prazo de 30 dias, contado da
prestação de contas à Justiça Eleitoral.” (NR)


Art. 4º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação.


JUSTIFICAÇÃO


O Projeto de Resolução em justificação visa garantir maior lisura na utilização da verba de gabinete pelos parlamentares.


Como resposta aos frequentes escândalos que permeiam as atividades de vaários agentes políticos, essa iniciativa vedará a possibilidade de
o Parlamentar contratar, com a verba de gabinete, empresas que foram
doadoras em suas campanhas eleitorais, tanto na campanha na qual o
Deputado foi eleito, quanto em campanha eleitoral ocorrida durante o
exercício do mandato parlamentar.


A razão de tal proibição é evitar condutas que atentem contra a moralidade que deve existir na Administração Pública, como possíveis
doações condicionadas a contratações posteriores realizadas com
dinheiro público.


No mesmo espírito, acrescentamos, dentre as declarações obrigatórias a serem prestadas pelos Parlamentares à Câmara dos Deputados, a lista
de empresas doadoras da campanha fornecida à Justiça Eleitoral, com a
finalidade de viabilizar a fiscalização das contratações realizadas
pelos Deputados Federais.


Por todo o exposto, apresenta-se o presente Projeto de Resolução, com vistas a fortalecer ainda mais o princípio constitucional da
moralidade da Administração Pública.



Sala das Sessões, 02 de fevereiro de 2010



Deputada Luciana Genro
PSOL/RS



Deputado Chico Alencar
PSOL/RJ



Deputado Ivan Valente
Líder do PSOL



Fonte: Liderança do PSOL



e



http://www.lucianagenro.com.br/2010/02/psol-apresenta-projeto-por-novas-condutas-de-decoro-parlamentar/

A semana vista pelo PSOL

Arruda segue preso, e DF pode ter intervenção federal


Nesta semana, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, seguiu preso na Polícia Federal, em Brasília. Depois de três meses travando os processos de impeachment contra Arruda, na quinta-feira,
18, a Câmara Distrital resolveu acelerá-los, na tentativa de “mostrar
serviço” e evitar a intervenção federal. O vice-governador Paulo
Octávio não tem sequer o apoio de seu próprio partido (DEM) para
continuar ocupando o cargo de governador interino. Caso Octávio
renuncie, assumiria o presidente da Câmara Legislativa do DF, Wilson
Lima, também do grupo de Arruda.

Em seu pedido de intervenção no DF, que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal, o procurador geral da República, Roberto Gurgel, diz que “o governador do Distrito Federal lidera grupo que, por ser
constituído pelas mais altas autoridades do Distrito Federal,
instalou-se no próprio governo e utiliza as funções públicas para
desviar e apropriar-se do dinheiro público, que deixa de atender às
finalidades legalmente previstas, em intolerável afronta aos que
contribuíram com seus impostos para o orçamento do Distrito Federal e à
própria República, especialmente porque os recursos desviados foram
arrecadados não apenas dos contribuintes do Distrito Federal mas dos
contribuintes de todo o país”.


CNBB critica política econômica de Lula e o privilégio aos rentistas

Nesta Quarta-feira de Cinzas, a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil lançou a Campanha da Fraternidade de 2010, que critica a
priorização dos recursos orçamentários para o pagamento da dívida
pública. O documento da Campanha reproduz os dados oficiais
constantemente denunciados pelo PSOL, segundo os quais o governo gastou
em 2008 com a dívida pública 30,57% do orçamento da União, enquanto
áreas sociais fundamentais receberam muito menos: saúde (4,81%),
educação (2,57%), assistência social (3,08%), habitação (0,02%),
segurança pública (0,59%), organização agrária (0,27%), saneamento
(0,05%), urbanismo (0,12%), cultura (0,06%) e gestão ambiental (0,16%).


Programas de habitação do governo esbarram na falta de saneamento básico

Nesta semana, o jornal O Globo divulgou um balanço dos recursos
utilizados em programas de habitação no ano passado. Verificou-se que,
dos recursos disponíveis para financiamentos de moradias para famílias
de baixa renda, somente 15% foram efetivamente contratados,
principalmente devido à falta de redes de esgoto e água.

Atualmente, existem nada menos que 100 milhões de pessoas sem esgoto tratado e 45 milhões sem água no Brasil. Essa situação explica-se pela escassez de recursos do orçamento federal para o saneamento: em 2009, o
setor recebeu somente 0,08% do orçamento geral da União, ou R$ 843
milhões. Essa quantia representou somente 27% dos recursos programados
para o setor no passado, ou 450 vezes menos que os gastos com juros e
amortizações da dívida pública em 2009 (mesmo desconsiderando a
“rolagem”).

O maior volume de recursos para o saneamento é composto por empréstimos federais às companhias estaduais de saneamento, que hoje se encontram inviabilizadas financeiramente. Além do mais, tais
empréstimos têm de ser pagos, em última instância, pelos consumidores,
na conta de água.

Em suma: a lógica financeira e de mercado que vigora atualmente no país – e no setor de saneamento – impede que a população de baixa renda tenha acesso a uma vida digna.


http://www.lucianagenro.com.br/2010/02/a-semana-vista-pelo-psol-26/

;

Entenda o processo interno do PSOL e suas pré-candidaturas. - PSOL lançará candidatura própria à presidência

22/01/2010



PV vai com PSDB e PT. PSOL vai de candidatura independente



Por Edilson Silva*



Após vários meses buscando construir uma aliança com o PV em torno da pré-candidatura de Marina Silva à presidência da República, o PSOL decidiu nesta quinta-feira, 21/01,
encerrar as conversações e lançar candidatura própria. Motivo: a
conclusão de que Marina Silva não operou a esperada e desejada
refundação do PV. Não fortaleceu, ainda, um campo político independente
no Brasil, expectativa gerada quando do seu ingresso neste partido após
romper com o PT.

Uma das exigências do PSOL, bastante razoável, para consolidar uma aliança com Marina era a construção de palanques estaduais independentes, coerentes com a construção de um
projeto nacional alternativo à velha política, distante, portanto, do
PSDB, DEM, PMDB, PT, etc.

Mas, falou mais alto no PV o seu histórico de inconsistência ideológica e cálculos eleitorais de projetos pessoais. É inegável que se percebeu um esforço interno muito
honesto no PV, como o de Sergio Xavier, presidente do PV em Pernambuco,
para uma mudança de rumo, mas a velha direção do PV se impôs sobre a
esperança no “novo”.

O PV no Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do país, está embaraçado com PSDB e DEM no apoio a Gabeira. No Acre, o embaraçamento é com o PT dos irmãos Vianna.
Gabeira, o candidato a governador do PV fluminense, diz que “no
primeiro turno” só fará campanha para Marina Silva. A cúpula do PSDB
afirma que conseguiu fechar um palanque forte no Rio de Janeiro para
seu candidato presidencial, José Serra.

Conclusão óbvia 1: aliança branca PV/PSDB no Rio e PV/PT no Acre, só para citar dois exemplos, por enquanto. Conclusão óbvia 2: Marina Silva virou caroneira num partido
pilotado com mãos firmes por interesses conservadores, bastante
contraditório com seu discurso de superação do velho.

O PSOL, corajosamente, sob a direção política firme de sua presidente, Heloisa Helena, não teve medo de ousar apostar na ampliação de nossas forças, com Marina. Inviabilizado
o diálogo, o PSOL apresentará à sociedade brasileira uma candidatura
independente, coerente, popular, calcada na ética, no pensamento de
esquerda e vinculada aos movimentos sociais.

A candidatura do PSOL será definida em conferência eleitoral a ser realizada em abril. Três pré-candidatos foram apresentados: Plínio de Arruda Sampaio; o ex-deputado federal
Babá; e Martiniano Cavalcanti, presidente da Fundação Lauro Campos,
presidente do PSOL em Goiás, fundador do PSOL e um dos principais
dirigentes políticos do partido, e que teve sua candidatura lançada com
o apoio de Heloisa Helena, vários membros da Executiva Nacional e
também por 12 presidentes de Diretórios Regionais, entre os quais se
inclui este que vos escreve.



* Presidente do PSOL/PE e pré-candidato ao governo de Pernambuco


http://www.psolpe.org.br/?p=1306

Um radical de olho no Planalto

Um radical de olho no Planalto

07/02/2010

Jornal do Commercio – Recife/PE

Assim como em 2006, o PSOL planeja lançar candidato. Mas, diferentemente de Heloisa Helena, Martiniano, o favorito, tem fala mansa

SÃO PAULO – Um radical de esquerda tentará intrometer-se na polarização entre o candidato do PT e o do PSDB na eleição presidencial. Martiniano Cavalcante pretende fazer o mesmo tipo de proposta da ex-senadora Heloisa Helena, do PSOL, em 2006, entre as quais a coletivização das propriedades e a democracia direta, com referendos para retirar do cargo políticos que forem considerados “traidores do povo”. Tudo com muita calma, que é o seu jeito de falar. Em nada lembrará a inflamada candidata que obteve na eleição passada 6.575.393 votos (6,85% do total) no primeiro turno.

Martiniano Cavalcante teve o nome lançado a pré-candidato presidencial pela própria Heloisa e por um grupo de outros 14 dirigentes do PSOL, entre eles a deputada Luciana Genro (RS), desde que o partido interrompeu as conversações para formar uma aliança com o PV, que vai lançar a senadora Marina Silva (AC) à sucessão do presidente Lula.

Outros dois integrantes do partido pretendem também disputar a vaga: os ex-deputados Plínio Arruda Sampaio (SP) e João Batista Araújo, o Babá (RJ). Martiniano é tido como o favorito na disputa. A decisão será tomada em abril.

Martiniano formou-se em engenharia civil pela Universidade de Brasília, aos 22 anos. Dois anos depois, em Goiânia, sofreu um acidente de moto quando iria visitar uma obra em que trabalhava. Perdeu o braço esquerdo. “Faz parte da herança difícil. Tenho sequelas até hoje, como dores crônicas. Mas consigo fazer quase tudo. Só não tenho, por exemplo, condição de dar um abraço completo num companheiro.” Ele está com 51 anos, é pai de cinco filhos, sendo os caçulas gêmeos, de sete anos.

“Minha vida é a de um militante de esquerda, que sonha com um socialismo diferente, em que a propriedade seja coletivizada, em que o Estado seja defensor da sociedade e não do capital.” Nos anos 70, ele militou clandestinamente no velho PCB. Recusou-se a participar da formação do PT no início dos 80. Em 1992 ajudou a formar o PSTU. Mas saiu quando o partido passou a ser dominado pela ala Convergência Socialista, expulsa do PT. Voltou a ocupar lugar num partido em 2003, com o surgimento do PSOL.

Para ele, o socialismo deve lutar por uma sociedade sem miséria, mas livre e democrática. Martiniano concorda com os que acusam Cuba de não ser democrática. “Tem razão. Mas são cínicos quando deixam de admitir que o capitalismo é o responsável pela tragédia do Haiti”, avalia.


http://www.psolpe.org.br/?p=1346#more-1346