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segunda-feira, 19 de julho de 2010

"Os partidos abrem mão de seus ideais em troca de apoio dos religiosos", diz Luciana Genro

Por Marcelo Hailer 19/7/2010 - 13:18

Luciana Genro, 39, iniciou sua vida política no Partido dos Trabalhadores (PT), no Rio Grande do Sul. Em 1994, foi eleita deputada estadual com 17 mil votos. Quatro anos depois, se reelegeria com o dobro de votos. Em seu segundo mandato, Luciana se tornaria uma liderança do PT gaúcho, prova disso é que se elegeu deputada federal com 100 mil votos. Em 2004, ela deixaria o PT no racha histórico que deu na fundação do Psol (Partido Socialismo e Liberdade), tarefa que a candidata realizou ao lado de Heloísa Helena.

A deputada federal está no fim de seu segundo mandato e este ano pleiteia permanecer no Congresso Nacional. Sempre ligada à questão dos trabalhadores e educadores, Luciana Genro também atua na defesa das mulheres e da comunidade LGBT.

A entrevista que você confere a seguir se dá em dois momentos. A primeira parte diz respeito a uma conversa que a deputada travou com a reportagem durante a I Marcha Nacional LGBT Contra a Homofobia, realizada no dia 19 de maio. Em seguida, Luciana voltou a conversar com A Capa, agora focada mais nas eleições e propostas para LGBT.

Com exclusividade, ela diz que será preciso "muita pressão" da comunidade gay para que o PLC 122 e a união civil sejam aprovados. A respeito da posição da candidata à presidência, Marina Silva (PV), sobre o criacionismo nas escolas, Luciana Genro classifica como "cúmulo do atraso".

O que você acha da realização da Marcha Nacional? Ainda existe um preconceito muito grande no Brasil com a diversidade sexual e essas marchas são fundamentais para quebrar essas concepções atrasadas e criar um clima de maior tolerância e respeito à diversidade.

O que você acha da Marina Silva defender o criacionismo nas escolas públicas?É o cúmulo do atraso.

Qual a sua opinião sobre as bancadas religiosas?As bancadas fazem com que o Legislativo seja o poder mais atrasado no reconhecimento dos direitos homossexuais e na luta contra a homofobia.

Você é otimista ou pessimista em relações às questões gays?Eu sou otimista. Acredito que o caminho vai para frente e nós vamos conseguir avançar, mas a custa de muita pressão.

De que maneira você pretende abordar a questão LGBT em um novo mandato?Como sempre abordei: apoiando as causas da comunidade LGBT, como o projeto que criminaliza a homofobia, e defendendo a livre orientação sexual.

Acredita na tese de que apoiar publicamente a questão gay faça com que o candidato perca votos?Pode até fazer em setores mais reacionários, mas não me preocupo com isso.

Assistimos neste momento ao brutal assassinato da Eliza Samudio e ficamos sabendo que ela já havia denunciado o jogador Bruno por agressão. Também escutamos comentários dizendo que ela era "maria-chuteira" e que andava com jogadores para cima e pra baixo. Pergunto: o que você acha dessas justificativas em torno de crimes machistas e homofóbicos: "a menina mereceu porque levava uma vida de vários companheiros", ou, "o gay mereceu apanhar/morrer porque era afeminado e dava muita pinta"?É o fim da picada! Não tenho palavras para definir a falta de caráter de alguém que ousa dizer isso!

Acredita que na próxima legislatura avançaremos nas questões da criminalização da homofobia, união civil e adoção? A cada ano temos pequenos avanços na sociedade, no sentido de diminuir o preconceito. Não sei se será neste ano que vem, mas tenho certeza que em breve conseguiremos. Mas será preciso muitas marchas, mobilização e pressão para dobrar o conservadorismo do Congresso Nacional.

A lei Maria da Penha foi aprovada, mas os crimes contra as mulheres ainda continuam frequentes. Caso o PLC 122 seja aprovado, pode ser que pouco ajude a diminuir os crimes homofóbicos. O que fazer além de se aprovar leis que criminalizam atos discriminatórios?As leis são um reflexo dos avanços já conquistados na sociedade. Temos que seguir a luta, e fazer com que os direitos proclamados nas leis sejam cumpridos.

Em relação aos temas dos Direitos Humanos, que nota você dá para essa legislatura do Congresso Nacional que chega ao fim?
Me parece que a nota é zero. Não foi aprovada nenhuma lei que significasse avanços.

Partes dos setores religiosos atuam nos Parlamentos a fim de impedir que os projetos de leis ligados à questão LGBT avancem. O que você acha dos partidos políticos negociarem votos com estes setores?Faz parte do balcão de negócios que a maioria dos partidos se submete. Abrem mão de seus ideais em troca de apoio. Sou contra isso e meu partido não faz parte desse jogo.


http://acapa.virgula.uol.com.br/site/noticia.asp?origem=slide&codigo=11330&target=_self&titulo=%22Os+partidos+abrem+m%E3o+de+seus+ideais+em+troca+de+apoio+dos+religiosos%22%2C+diz+Luciana+Genro

O que havia antes do bullying?

08/07/2010
Por Jean Wyllys
Esta semana a Justiça condenou um estudante adolescente de Belo Horizonte a pagar uma indenização de R$ 8 mil por ter praticado “bullying” contra uma colega de sala de aula. Segundo os pais da vítima, o menino costumava chamar a garota de “tábua” e de “prostituta” e, não contente em lhe dar apelidos ofensivos, teria tentado cortar os cabelos da colega à força, levando-a a rejeitar o ambiente escolar.
Na época em que eu era colegial de escola pública, as violências verbal e física entre alunos ainda não tinha este nome – bullying - mas já existia. Naqueles meus tempos de escola, as vítimas preferenciais do bullying eram os alunos afeminados, os negros, os gordos e as meninas, necessariamente nesta ordem; quando o aluno pertencia, ao mesmo tempo, a dois ou mais grupos estigmatizados (por exemplo, uma menina negra e gorda), ele sofria as violências com mais freqüência e intensidade. Na época em que eu cursava o que hoje se chama de Ensino Fundamental, eu era constantemente vitima do bullying porque eu era sensível e afeminado. A violência não me levou sequer a pensar em desistir da escola, pois, meu amor pelo conhecimento e a certeza de que este me tiraria da miséria em que vivia superavam qualquer medo. Porém, o bullying me impedia de desfrutar de todo ambiente escolar. Por exemplo, na hora do recreio, eu não costumava sair da sala de aula por temer os apelidos e outras violências por parte de meus colegas. Mas nem todas as vitimas eram resistentes como eu. Muitas sucumbiram e abandonaram a escola. E a julgar pela notícia que abre este artigo, o ambiente escolar, em se tratando da violência entre alunos, não melhorou de lá para cá. A única diferença é o recurso à Justiça e o pedido de reparação pelos danos morais do bullying. Mas, como diz o poeta, as leis não bastam, os lírios não nascem só das leis.
O combate ao bullying passa por políticas de educação que estimulem, entre os alunos (e também entre os professores!), os valores humanistas e o respeito à diversidade. Porém, para falar em diversidade, é preciso, antes, falar de identidade. O que é uma identidade ou o que é ter identidade?
Este conceito – identidade – está presente em nosso cotidiano e em nossas relações mesmo que a gente não saiba. E o objetivo de discuti-lo é justamente melhorar a qualidade de nossas relações. E quando falo em melhoria em nossas relações não me refiro apenas ao benevolente apelo à tolerância e ao respeito para com quem é diferente de nós; refiro-me ao reconhecimento da existência do outro, ao amor ao que ele tem de diferente.
Posso dizer que a identidade é aquela idéia que temos de nós próprios como sujeitos integrados, inteiros, unificados e dotados das capacidades de razão, de consciência e ação; é um sentido de si estável: a idéia e o sentimento de que nós somos nós mesmos até morrer. A identidade é isso, mas, e a diferença, o que é? A diferença é tudo que não sou; é tudo que não somos. Nós tendemos a tomar aquilo que somos como sendo a norma, a partir da qual avaliamos ou desqualificamos aquilo que não somos.
Identidade e diferença são, sobretudo, resultados de atos de fala; precisam ser nomeados. Quando nos referimos a um colega negro como “aquele escuro que faz tal coisa”, ou a outro que é sabidamente homossexual como “a bicha que dá aula em tal lugar” estamos construindo a diferença por meio da fala e desqualificando-a. As diferenças são sempre impostas a partir da afirmação das identidades. E essa afirmação implica sempre hierarquia, exclusão e classificação (homens, brancos, bonitos, magros, jovens, letrados e ricos estão por cima, são incluídos e normais; mulheres, negros, feios, gordos, velhos, ignorantes e pobres estão por baixo, são excluídos e anormais). Ou seja, a hierarquização, a exclusão e a classificação são sempre feitas a partir do ponto de vista da identidade.
Como vocês podem perceber agora, mesmo não refletindo acerca da identidade, agimos em nome dela, por isso é importante discuti-la, entender sua produção, principalmente no âmbito da educação formal, que inclui relações entre alunos e professores tão diferentes entre si.

http://jeanwyllys5005.com.br/o-que-havia-antes-do-bullying
Colabore com a campanha

Jean Wyllys é citado no jornal Extra.

17/07/2010
O jornal Extra de hoje (17/07), na coluna  de Berenice Seara, comenta sobre a participação de Jean Wyllys, candidato a deputado federal (5005), no lançamento da candidatura de Marcelo Freixo, estadual (50123), na ABI (Associação Brasileira de Imprensa) – Centro – RJ:
Ruborizado
Marcelo Freixo, deputado estadual pelo PSOL, ficou mais vermelho que tomate na feira, anteontem, no lançamento de sua campanha à reeleição. É que o ex-BBB Jean Wyllys, candidato a deputado federal pelo seu partido, mandou essa ao microfone, diante das 500 pessoas que estavam no auditório da ABI: “Marcelo é bonito, charmoso, capaz de seduzir até parede!”

Veja no Canal 5005 o vídeo em que Jean faz o elogio a Marcelo:

http://www.youtube.com/watch?v=rxtge0SK-Z0



http://jeanwyllys5005.com.br/jean-wyllys-e-citado-no-jornal-extra

COMUNICAÇÃO DA CAMPANHA MARCELO FREIXO 50.123

Amigos e amigas,
Foi criado um portal de voto na internet que tem importância para a campanha que estamos desenvolvendo por meio desse vasto mundo virtual. Convidamos todas e todos a manifestarem nesse espaço http://tvoto.virtualnet.com.br/ o voto em Marcelo Freixo 50.123, para deputado estadual. Além disso, pedimos que enviem o mesmo convite para seus amigos e amigas. Pode ser que ocorra alguma divulgação das votações e é importante que o Marcelo continue, como já está, em primeiro lugar.
Abraços.
Eduardo Alves