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quarta-feira, 9 de março de 2011

Mulher, guerreira


7/3/2011 às
Publicado por Painel Opinativo






Dia Internacional da Mulher... são muitas histórias para explicar o surgimento da data...das mulheres socialistas nas ruas do leste às lutadoras operárias americanas tecelãs de tecido lilás!


As histórias de agora também são muitas... parecem mesmo aquela que Galeano contava de uma antiga mulher de imensa saia cheia de bolsinhos, em cada um deles papeizinhos que ao serem retirados ressuscitavam esquecidos e mortos e todas as andanças do bicho humano.

Queiramos ou não em cada uma de nós recontamos as muitas histórias de outras mulheres espalhadas pelo mundo... no silêncio da neve ou da solidão, nas dunas do deserto ou do mar, nos sertões ou nas cidades, na imensidão das florestas ou das pedras cortadas pelos rios... Afinal, sorrisos e lágrimas são mesmo iguais em qualquer lugar do mundo!

 A nossa Coragem vem lá das negras guerreiras que foram açoitadas, marcadas com ferro em brasa, penduradas em ganchos de ferro que lhes atravessavam as costelas, mas nada foi capaz de impedi-las de lutar a gloriosa – mesmo que nem sempre vitoriosa - luta da liberdade!

 A nossa Intuição vem lá das índias – lobas, corujas, águias, ursas, beija-flores... – decifradoras dos mistérios das matas, florestas, caatingas... colhendo as folhas de todos os remédios e seguindo as estrelas com seus filhos pendurados dividindo leite com outros bichinhos!

A nossa Liberdade vem de muitas mulheres... brancas, negras, gordas, magras, novas, antigas, de todas as religiões ou sem nenhuma delas... livres e ousadas para usar o mais vermelho dos batons e sair mundo afora como mestras das artes do encantamento... ou livres e ousadas de cara lavada feito lírios dos campos e ostentando as rugas talhadas pelas dores do tempo!

De nada valerá a inveja entre nós... a vã tentativa de apagar na outra o brilho que gostaríamos de ter. De nada valerá a perseguição implacável às outras... reproduzindo as línguas cínicas, machistas e maldosas que condenam nas mulheres o que nos homens aplaudem.

Somos todas igualmente mulheres andarilhas e lutadoras do povo ou condenadas nas prisões domésticas olhando a vida pelas brechas das suas janelas... Somos todas donas do nosso amor e do nosso corpo ou vendidas com a alma dilacerada e a auto-estima destruída... Somos todas em cada uma de nós... em tristezas, alegrias, amores, segredos dolorosos, fraquezas inconfessáveis...apenas Mulheres... e Grandes Mulheres... untadas nos perfumados óleos de ternura e fúria... ostentando as cicatrizes que as lágrimas deixaram na alma como sinais sagrados das suas lutas... colhendo flores e frutos e semeando Vidas nesta maravilhosa experiência de ser Mulher!



*Heloísa Helena

Ex-senadora da República; vereadora de Maceió


A vitória cubana no carnaval de Florianópolis, uma surpresa que sinaliza para enredos engajados

Na capital de melhor IDH, escola de samba caçula fala de Cuba, empolga e ganha  seu primeiro título
Enredo sobre Cuba levou escola de Florianopolis ao seu primeiro tíulo
“Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.” 
Che Guevara (no enredo da Escola de Samba União da Ilha da Magia, de Florianópolis)



Em 2000, desfilei na Portela e na União da Ilha em alas com temas políticos
 Enquanto o país inteiro, puxado pela grande mídia, concentrava seus olhares nas superproduções carnavalescas do Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife, fora dessas metrópoles, um fato realmente surpreendente me levou a refletir sobre essa manifestação tão significativa como marco de uma alegre catarse do povo brasileiro.


Em Florianópolis, a capital com melhor Índice de Desenvolvimento Humano, a mais nova escola de samba ganhou o carnaval deste ano com um enredo de exaltação à revolução cubano, que contou com a presença da médica Aleida Guevara, filha do lendário “Che”. Desde a entrada na passarela, o desfilde de "Cuba sim, em nome da verdade" ganhou a torcida espontânea das arquibancadas.

Clique aqui e veja o desfile da escola União da Ilha da Magia

Vale lembrar que em 2006, com o apoio da petrolífera estatal venezuelana, aUnidos de Vila Isabel ganhou o carnaval carioca com o enredo “Soy Loco por ti, America: a Vila canta a latinidade”. Nesse desfile, o carnavalesco Alexandre Louzada exaltou as lutas dos povos latino-americanos, exibindo imagens de Bolívar, Che Guevara e Fidel Castro, mas guardando sempre uma certa reserva para proteger-se das pressões dos donos de um certame voltado para o turismo internacional.

Já em Florianópolis, a escola da Lagoa da Conceição, um bairro de 15 mil moradores em sua maioria de classe média, produziu um enredo com a mais irrestrita identificação com a revolução cubana: sua bateria vestia o uniforme do exército revolucionário e a diretoria exibia paletós com as cores da bandeira cubana, enquanto as alas mostravam o rosto de Che Guevara.

Cuba com referência para os sambistas

A demonstração de simpatia política foi sustentada por um enredo com a apresentação das principais marcas da revolução, como a reforma agrária, o ambiente de busca da igualdade e as conquistas sociais, como enfatizou o carnavalesco Jaime Cezário:

“É claro que Cuba tem os seus problemas e não é nenhum paraíso socialista, ainda mais por conviver há cinco décadas com um bloqueio econômico.

Entretanto, não podemos deixar de ressaltar e, por que não, admirar esse povo que transformou um país com grande índice de analfabetos e miséria em uma nação que hoje é referência mundial nas artes, nos esportes, na medicina, entre outras áreas, e respeitada pela defesa intransigente de sua soberania e que, apesar de todas as dificuldades, não capitulou e permanece firme em seus ideais revolucionários.

Após os avanços e conquistas sociais alcançados nessas últimas cinco décadas, o povo cubano nunca mais será submisso a qualquer interesse externo, tão pouco abrirá mão dessas conquistas, pois os alicerces sociais estão fincados. Um povo alfabetizado e consciente politicamente não se dobra à força das armas, mas sim à dos ideais”.

Clique aqui e leia a sinopse do enredo

Rompendo uma tradição conservadora

Pelo que sei, até mesmo devido ao processo de colonização recente, em que há uma predominância de pequenas propriedades rurais cultivadas por descendentes de alemães, poloneses, italianos e outros países do leste europeu, e uma distribuição pelo interior de pólos econômicos, Santa Catarina sempre foi um Estado de verniz conservadora.

Agora mesmo, elegeu governador o candidato do DEM, juntando a ele um senador do PMDB (ex-governador) e outro do PSDB. O prefeito de Florianópolis é Dário Berger, do PMDB, que em 2008 derrotou Esperidião Amin, do PP, no segundo turno.

No entanto, desde que entrou na Passarela Nego Quirido, a União da Ilha da Magia arrebatou as arquibancadas, com capacidade de 10 mil pessoas, que cantavam o seu samba-enredo e davam vivas a Cuba. A médica cubana Aleida Guevara, filha de Che, arrancou aplausos emocionados ao desfilar num carro alegórico, tendo como destaque um folião que personalizava seu pai.

O envolvimento da platéia foi tão politizado que a tv da rede RBS de Florianópolis (afiliada à Globo) chegou a exibir durante a apresentação em legendas alguns comentários de telespectadores criticando o regime cubano, tentando desfazer a empatia entre o público e Cuba.

Arquibancada ajudou escola a vencer

Mas os jornalistas que cobriram o desfile das cinco grandes escolas coincidiram em observar que o desfile da UIM foi inflado pelo apoio das arquibancadas, que deliravam já na comissão de frente, que apresentava uma colagem de peças com a figura de Che. Essa escola existe há apenas 3 anos e disputava com outros antigas, já populares, como a Embaixada Copa Lord, segunda colocada, cujo fundador dá o nome à passarela, construída em 1989.

Na exposição sobre o enredo, o carnavalesco Jaime Cezário deu o tom da proposta da escola campeã: “O carnaval tem como principal objetivo levar informação através dos seus enredos, assim como divertir e encantar o grande público amante da festa. Nós, da União da Ilha da Magia, a escola de samba mais nova da cidade de Florianópolis, não queremos perder esse foco de utilizar essa grande festa para levar diversão, informação e questionamento.

Nossos caminhos são novos e buscamos aquilo que achamos ser a função principal de uma escola de samba, trabalhar pela cidadania. Pensando assim, nos perguntamos, qual seria o preço da liberdade?”.

Uma comunidade mobilizada

A comunidade da Lagoa da Conceição, berço da União da Ilha da Magia, vive hoje um processo de mobilização em defesa da sua qualidade de vida. Em outubro, o cineasta Eduardo Paredes, que vive lá há mais de 30 anos, divulgou manifesto em apoio ao movimento que tem entre os sambistas os mais atuantes defensores. Segundo ele, a especulação imobiliária pode comprometer a qualidade de vida no local.

O movimento denunciou que o sonhado Parque da Lagoa, na área doVassourão, está ameaçado: depois de desmatarem parte do terreno, os proprietários da área colocaram placas informando sobre a expedição de licenças ambientais para construção de mais um condomínio.

A região atualmente é utilizada como campo de pouso de vôo livre. Paredes lembrou que 53 entidades assinaram uma representação, encaminhada às autoridades, visando ao tombamento daquela área para formação do Parque da Lagoa. Apenas o Ministério Público Federal deu algum tipo de satisfação.

Uma opção realista que dá certo

Tal como aconteceu na vitória da Vila Isabel, em 2006, a audaciosa escolha da escola de Florianópolis pode sinalizar para uma opção mais engajada e menos etérea  nos enredos carnavalescos.
Eu mesmo vivi essa experiência, no carnaval do quinto centenário, em 2000, quando desfilei por três escolas: Jacarezinho, Portela e União da Ilha. As duas últimas do grupo especial, apresentavam em seus enredos trechos da história do Brasil. Na Portela, estava na ala que falava da Aliança Nacional Libertadora, e na União da Ilha, no carro alegórico denominado A Barca da Volta, com a participação de ex-exilados e perseguidos políticos. Em ambos os casos, a reação do público chegava a emocionar os próprios passistas.

Fica aí mais um elemento para a reflexão de todos.

Fotos de Florianópolis.
Filha de Che Guevara participa do desfile em Florianópolis
Bandeiras de Cuba e líderes da revolução
Carro alegórico destaca personagens cubanos


http://www.porfiriolivre.info/2011/03/vitoria-cubana-no-carnaval-de.html

Revista Veja Mente


REVISTA VEJA MENTE E SERÁ PROCESSADA POR DANO MORAL
O Projeto Emancipa já é um sucesso. As incrições ainda não terminaram, mas já temos mais inscritos do que as 100 vagas disponíveis. O apoio que temos recebido é enorme. Este apoio se expressou inclusive na imprensa gaúcha, que através de vários comunicadores e jornalistas ajudou a divulgar o projeto pela sua relevância social, não se prestando a reproduzir as “denúncias” da revista Veja . Todos sabem da lacuna existente na preparação dos jovens oriundos das escolas públicas que desejam entrar na universidade. Então, quem poderia querer detonar um projeto que oferece preparação para o vestibular e o Enem GRATUITAMENTE para estudantes de escolas públicas? Aqui no Rio Grande do Sul, só os “viúvos” de Yeda Crusius.
Entretanto, em respeito às pessoas que me apoiam e respeitam e que têm sido questionadas por quem não conhece a minha trajetória, esclareço:
- Vou processar a revista Veja por danos morais, visto que o jornalista que assina a matéria sequer me ouviu, publicando uma reportagem absolutamente fantasiosa sobre o Projeto Emancipa, coordenado por mim no Rio Grande do Sul.
- A Secretaria de Educação não me concedeu nenhum privilégio como insinua a reportagem. A direção do Colégio Júlio de Castilhos, assim como outras escolas estaduais, proporciona a execução de diversos projetos nas suas dependências. O Emancipa é um deles e paga à escola R$ 600,00 por mês pelas duas salas.
- Os (as) professores(as) não serão “bem remunerados” como maliciosamente diz a reportagem. Receberão R$ 20,00 a hora aula. Como são apenas duas turmas, a média de remuneração de cada professor deverá ser por volta de R$ 300,00.
- A cota de patrocínios do Emancipa está fechada com 5 empresas e não estamos em busca de mais patrocinadores como mentirosamente afirma a reportagem.
-Sobre a Icatu Seguros, um empresa que atua no mercado gaúcho através do Banrisul há mais de 10 anos, muito me estranha que somente agora, para me atacar, a Veja levante suspeitas sobre esta relação. Eu não respondo pelas atividades de nenhuma empresa, mas a verdade é sempre útil: basta verificar o balanço 2010 do Banrisul, disponível na internet, para comprovar a mentira. A seguradora Icatu não tem contrato de exclusividade com o Banrisul. Além disso esta empresa apóia diversas OSCIPs e ONGs, não apenas o Emancipa.
- Quanto à afirmação de que “Luciana, que na política criticava o pai, na vida empresarial usa de seu prestígio para lucrar”, quem terá que se explicar é a Veja. E terá que fazê-lo no Justiça. Primeiro, porque não estou “lucrando” e nem sequer estou na “vida empresarial”. O Emancipa não é uma empresa e não pode dar lucro. Não é por que deixei de ser deputada que vou abrir mão de realizar atividades socialmente relevantes, mesmo que de forma privada, mas que respondam a interesses coletivos. Quanto ao suposto uso do prestígio do meu pai, Tarso Genro, minha trajetória me autoriza a ter certeza que os parceiros do Emancipa avaliaram em primeiro lugar o meu próprio prestígio para decidir pela participação no projeto.
Luciana Genro – Coordenadora do Projeto Emancipa-RS