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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Não somos farinhas do mesmo saco! - Por Jean Wyllys Candidato a Dep. Federal PSOL RJ 5005

Eu lamento profundamente que a despolitização e a ignorância de muitas pessoas levem-nas a colocar os candidatos às eleições num mesmo saco como se todos fossem a mesma farinha.
Não, não somos farinha do mesmo saco! E, em meu caso, não é porque tenho em minha biografia uma participação num programa de tevê, que eu possa ser comparado a outros candidatos tratados genericamente pela mídia como “candidatos celebridade”. Basta um pouquinho de informação e boa-fé – por exemplo, uma visita ao meu site, que mostraria o apoio de personalidades sérias e de prestígio à minha candidatura, o que já a coloca num outro patamar em relação àquelas às quais querem me comparar – para perceber que eu não sou esse tipo de candidato. A falta de informação ou a informação distorcida propositadamente ou por preconceito só serve para afastar os cidadãos da política, especialmente os mais jovens, e para alimentar aquela falsa idéia de que todos os políticos só sabem mentir nas campanhas eleitorais, e enriquecer depois. Nada pode ser pior para nós do que isso!



Não é verdade que todos os políticos são desonestos, mentirosos, e querem trabalhar em causa própria. Eu me arrisco a afirmar que existem muitos que são cidadãos honestos, que trabalham bastante em prol da democracia e do bem-estar social apenas em troca de seus salários. Não é verdade que todo político é um inimigo do povo. E disseminar essa falsa idéia só serve para afastar, da política, gente decente que gostaria de trabalhar pelo bem de todos.



Embora se afaste da política e sequer se lembre dos nomes dos candidatos em quem votou na última eleição, a maioria dos eleitores – principalmente a maioria dos eleitores com algum grau de instrução – é ingênua o suficiente para acreditar que, ao desperdiçar seu voto em um candidato bizarro ou votar em qualquer número que lhe vier à cabeça no dia das eleições (“já que todos são iguais”), ao fazer isso, a maioria acredita que está “protestando contra o sistema” ou “dando uma resposta aos políticos corruptos”.



Os jovens, então, são os que mais caem nessa armadilha que é um misto de ignorância, ingenuidade e arrogância, pois afastados voluntariamente da política e do debate público sobre as questões socioeconômicas e culturais que nos dizem respeito, e muito próximos do entretenimento rasteiro, acham que a política é apenas alvo de humor. Nada mais perigoso para a democracia do que esse comportamento. Nada mais perigoso para o nosso destino como povo do que banalizar ou desperdiçar o voto acreditando que está fazendo um protesto.



O verdadeiro e mais eficaz protesto é escolher o candidato que melhor nos represente, por meio da busca por informação nos diferentes canais (por exemplo, por jornais e sites, e não só pela tevê); é investigar a vida pública dos candidatos e identificar quais deles trabalhou ou trabalha em função de causas nobres que digam respeito ao bem-estar de todos. Isso, sim, é o grande protesto! Com ele, podemos fazer, dos políticos, nossos verdadeiros representantes e um coletivo de gente de bem, competente e honrada.



Muita gente reclama dos políticos eleitos, mas, quando chegam as eleições, não quer fazer o mínimo, que é ir em busca de informações sobre os candidatos e seus partidos para escolher, entre eles, o que melhor os representa. A opção pelo “voto de protesto” – que, de protesto, nada tem, como já argumentei – ou pela venda do voto (sim, essa prática nefasta ainda não desapareceu do processo eleitoral apesar dos esforços do TSE e dos TREs em erradicá-las) traz danos à sociedade como um todo, pois são os políticos eleitos que farão as leis que teremos de obedecer, gostemos ou não (depois do leite derramado, não adianta chorar!), e decidirão onde serão aplicados o dinheiro dos cofres públicos (logo, não se pode reclamar que, em vez de aplicá-lo em políticas públicas ou programas de educação, saúde, renda mínima, segurança e transporte de qualidade para todos, os eleitos decidam aplicá-lo em contas particulares na Suíça).



Assim, em vez de voto de protesto ou da venda do voto, façamos a opção pelo voto consciente!



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