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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Nota da Rede Emancipa de Cursinhos Populares à respeito da Audiência Pública sobre Cotas na USP










São Paulo, 13 de maio de 2010

No dia 24 de fevereiro de 2010, dia da Calourada Unificada do DCE e Centros Acadêmicos da USP, a reitoria se comprometeu a realizar uma Audiência Pública sobre Cotas na USP, diante de um ato que a Rede Emancipa organizou em frente à reitoria. A manifestação reuniu alunos dos cursinhos populares do Emancipa e de outros cursinhos, secundaristas da escola pública, artistas, universitários, dentre estes, vários professores dos cursinhos, estudantes membros de Centro Acadêmicos e do DCE da USP.

Nós, da Rede Emancipa de Cursinhos Populares, vimos a público expressar que desde março temos procurado a Reitoria da USP de diferentes maneiras para marcar uma data comum para a realização da Audiência Pública sobre Cotas na USP e até hoje não obtivemos resposta.

Ao não responder aos ofícios, não retornar com e-mails nem telefonemas, não aceitar marcar reuniões entre representantes, a atual gestão da reitoria contradiz seu discurso de tom democrático quando dizia estar “aberta ao diálogo” com os “novos movimentos” e de estar “disposta a debater cotas na USP”.

A Rede Emancipa acredita ser de crucial importância para o caráter público e democrático da universidade que esta esteja aberta ao diálogo com os diversos setores sociais que expressam suas demandas legítimas, como acesso à educação superior.

Nossa demanda é latente e sua urgência é evidente: é de conhecimento de todos que a imensa maioria dos jovens oriundos de escola pública está excluída do ensino superior, especialmente do ensino superior público. A Rede Emancipa luta para que seja garantida à juventude que estuda na escola pública, negra e indígena o direito à universidade pública e de qualidade. E considera lamentável e de profundo desrespeito com estes jovens a atitude da reitoria de virar as costas ao Movimento.

Com nossa reivindicação queremos debater democraticamente com a comunidade universitária e propor formas de inclusão social imediata na universidade, pois as atuais, como o INCLUSP, não têm se mostrado eficientes.

Ao não se dispor ao debate a direção da USP apenas corrobora para a manutenção de um sistema aristocrático e que perpetua a desigualdade social.

De nossa parte, continuaremos insistindo para que seja colocado à público o debate do acesso à USP. Não cruzaremos os braços e não aceitaremos calados mais gerações de excluídos da educação. Seguiremos lutando e propondo soluções reais para a juventude da escola pública.

Esperamos que a reitoria da USP também se entenda como responsável no processo de democratização do debate universitário e do acesso à universidade e se disponha a marcar uma data comum para a realização da audiência pública.


http://redeemancipa.ning.com/